- 07 de abril de 2019

Investir em VIPPES

0

Escolher um investimento é tão temerário quanto adivinhar o futuro. No fundo, no fundo é a mesma coisa, ainda que para o mercado de capitais o futuro pareça ser mais “garantido” pelas tendências.

mina de ouroIndependentemente dos instrumentos e medidas que se utilizarem para prever o que vai acontecer nos próximos anos e décadas, certeza absoluta é o envelhecimento populacional.

Em meados do século XX, certeza inquestionável era a explosão da taxa de natalidade e expansão da população em geral. Todos que investiram nas atividades decorrentes dessa certeza multiplicaram o capital.

Agora é a vez do envelhecimento populacional. Não há como brecá-lo até o final deste século. Ponto e saudações! Portanto, quem quiser aplicar capital para retorno lucrativo garantido tem que selecionar toda e qualquer atividade que envolva atendimento a VIPPES, seja produtos ou serviços.

Há maneiras diversas de efetivar aplicações de capital. Títulos públicos, financiamento de empresas particulares, apoio a institutos de ciência e pesquisa, fundos bancários e desenvolvimento de profissionais qualificados podem ser opções interessantes. O essencial, entretanto, é que essas atividades tenham o envelhecimento populacional como alvo principal. O segredo do bom investimento é saber onde colocar capital, a sempre importante alavanca de desenvolvimento.

Definindo o envelhecimento populacional como o alvo, em que setores desse vasto processo haverá mais lucratividade? De modo geral, todos os aspectos que compõem o fenômeno etário proporcionarão bons negócios, porque os volumes envolvidos sempre serão significativos.

Podemos mencionar a preparação de cuidadores, como exemplo.

Numericamente, a quantidade de cuidadores necessária para dar conta da multidão de novos VIPPES, chega a ser assustadora. A unidade de medida será “milhões”.

Não é uma hipótese. É pura realidade. A Associação Brasileira de Alzheimer calculou em 1,2 milhões de pacientes com a doença no Brasil em 2012. A previsão para 2032 é o dobro.

Lamentavelmente, VIPPES continuarão a levar tombos, a ter a visão diminuída, a perder mobilidade, a desenvolver Alzheimer, a se tornarem dependentes de cuidados e atenção especiais. Assim é a vida e continuará a ser enquanto o DNA não transformar para melhor, em volume significativo, o destino biológico humano.

Um VIPPES, homem ou mulher, com imobilidade parcial, precisa de no mínimo dois cuidadores diários para um atendimento parcial, além de um acompanhante para a noite. As ILPIs podem melhorar a equação, mas representam uma parte menor no volume de atendimento.

Saindo da área da saúde, todas as outras também vão significar grandes negócios porque os VIPPES vão comer, beber, vestir, calçar, passear, buscar diversão e viver muito mais tempo. Como crescerão continuamente nas próximas décadas, quem apostar as fichas em tudo que for direcionado para eles, vai ter vantagens não encontráveis em nenhum outro segmento.

Não é ter “bola de cristal”. É só avaliação lógica e matemática. A ideal para o mercado de capitais.

G. Hansen Jr.

Compartilhe.

Leave A Reply