Como os VIPPES serão os “donos” da maior quantia de dinheiro disponível nos próximos anos, é obrigatório que novos estudos façam uma adequação do mercado de capitais para atrair o interesse dessa classe.
Hoje, quando um VIPPES de 70 a 80 anos adentra uma Agência de Investimentos, Banco, Corretora de Valores ou similares, logo recebe folhetos e propaganda de maravilhosos planos de aplicação de capital. Quando se pergunta do prazo de resgate ou da conveniência de tempo de aplicação, a resposta invariável é:
-“Não se preocupe, sempre vai haver tempo para ótimos ganhos”. Mentira infantil!
Mesmo VIPPES de idade ainda mais avançada costumam receber “promoções” de aplicações fantásticas, com gráficos indicando colunas de sucesso em anos vindouros, que os destinatários sabem que não viverão para conferir. Pior que tudo é que os VIPPES fazem comentários realistas e recebem como réplicas, afirmações totalmente irracionais. Isso porque, é como se os seus emissores estivessem com falta de energia em suas baterias já que parecem mais robôs programados e não seres racionais.
Ora, VIPPES conhecem sua idade e suas limitações. Muitos já foram informados pelos seus médicos do tempo de vida útil que poderiam ter; outros já estabeleceram seus testamentos. Exatamente aqueles que pretendem manobrar o capital disponível desses VIPPES antenados e conscientes de seu futuro, costumam “jogar” elogios inúteis, infantis e ausentes de qualquer confiabilidade.
A mentalidade precisa mudar e rapidamente. Quanto treinamento será necessário? Quem vai planejar? Quem vai fazer? Como? Quando? Quanto?Onde? E o marketing adequado para os VIPPES? O que eles realmente querem? Como deverá ser o perfil dos interlocutores dos VIPPES? É muita coisa para mexer, para mudar, para afinar.
Germano Hansen Jr.
