- 05 de abril de 2019

Sobre o medo de cair

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Para dados do Centers for Disease Control and Prevention, nos EUA, o custo à sociedade com as quedas entre os Vippes ultrapassa os US$ 30 bilhões por ano em despesas médicas. “Um em cada três VIPPES com mais de 65 anos cai a cada ano…

sobreomedeodecair… e as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrer uma fratura durante uma queda que os homens da mesma idade, mas a taxa de mortalidade dos homens em decorrência das quedas é maior em um terço em relação às mulheres”, afirma a geriatra Vanessa Morais (CRM-SP 132.283), diretora da VR MedCare (www.vrmedcare.com.br).

Pedir ao Vippes ou ao seu cuidador que anote cada episódio de queda pode ajudar os profissionais de saúde a monitorarem o estado de saúde, a progressão da doença do Vippes, bem como a ajustar a terapia deste paciente de uma maneira mais apropriada.

Medo de cair…

Para muitos Vippes, o risco real e as possíveis complicações das quedas podem ser ultrapassados pelo medo mórbido associado às quedas. Este é um problema circular, diversos estudos têm mostrado que o medo de cair, na verdade, aumenta o risco de queda.

Muitos Vippes, após uma queda, mesmo quando não se ferem, desenvolvem um grande medo de cair. Esse medo pode levá-los a limitar suas atividades, o que os leva à mobilidade reduzida e à perda de aptidão física por perda de massa muscular e de equilíbrio, o que por sua vez, aumenta o risco de cair.

O medo, no entanto, é justificado. Em pesquisas realizadas sobre os maiores temores na terceira idade, cair é, invariavelmente, o item no topo da lista, superando o medo do crime e dos problemas financeiros.

O desafio de prevenir as quedas dos Vippes

Nos últimos anos, avançamos na compreensão dos fatores de risco predisponentes para as quedas entre os Vippes e possíveis medidas preventivas têm sido sugeridas e implementadas.

“Para a prevenção de quedas, de uma maneira geral, geriatras, ortopedistas e fisioterapeutas recomendam a prática de exercícios regulares e de exercícios de equilíbrio; a revisão cuidadosa dos medicamentos que podem causar tontura ou sonolência; exames de visão regulares; calçados adequados; uso correto dos dispositivos de marcha – andador ou bengala – quando indicados e medidas de segurança em casa para eliminar potenciais riscos ambientais de queda, como melhora da iluminação, retirada de tapetes, além da instalação de barras de apoio perto do vaso sanitário e da banheira e de corrimão em ambos os lados das escadas.  É de extrema importância também para minimizar as consequencias da queda a realização periódica de um exame de densitometria óssea e, quando for o caso, o tratamento para a osteoporose,” afirma a geriatra Renata Diniz (CRM-SP 132.280), que também dirige a VR MedCare.

Certamente, uma sociedade tão evoluída quanto a nossa, que produziu o transportador humano Segway, o GPS e seus sistemas de orientação, carros que estacionam sozinhos e cadeiras de rodas operadas por joysticks, pode ainda criar outros avanços no campo da mobilidade tecnológica para evitar os milhares de acidentes fatais e não fatais advindos das quedas dos Vippes.

Mona Cury

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