Se uma rua precisa de nova pavimentação e novas calçadas, quem vai pagar isso? No fundo, no fundo, será o cidadão, povo, público ou qual for o substantivo preferido. Melhor perguntar: quem vai fazer?
A resposta mais óbvia indicaria a iniciativa privada como a executora e o poder público como o contratante e, portanto responsável maior pela realização.
No geral é assim mesmo que acontece. Naturalmente há uma rede de interesses no meio disso tudo. Muitas empresas de engenharia, pavimentação, iluminação, comerciais, de serviços e outras áreas desenvolvem ações para influenciar vereadores e administradores municipais a apresentarem projetos para a realização das obras.
De outro lado, políticos procuram ouvir as pessoas que vivem nos municípios sobre suas necessidades em termos de serviços públicos. Como dependem de votos para se elegerem ou se reelegerem, apresentarão projetos que depois serão divulgados como “trabalhos em prol da população”.
É assim que funciona a estrutura de governo e iniciativa privada. Algumas vezes, interesses pessoais ilícitos entram no roteiro correto e o tornam eivados de defeitos premeditados mais conhecidos como corrupção.
Interessa nesta análise apenas o roteiro virtuoso.
Empresas privadas precisam conhecer detalhadamente o fenômeno da substituição etária e prepararem planos e projetos para atendimento das novas necessidades humanas da sociedade envelhecida.
Os agentes de carreira da administração pública e os políticos, eleitos e não eleitos, de todos os partidos não podem deixar de ir atrás de todos os aspectos que envolvem os desafios da transição etária. O futuro está na competência com que reunirão elementos adequados para complementação de programas conjuntos com os empreendedores particulares.
A verba vai aparecer. Sempre haverá verba para projetos que melhorem a vida das pessoas.
E VIPPES são pessoas que vão precisar muito de novas soluções para as dificuldades que hoje tornam difícil prever uma boa qualidade de vida daqui para frente.
E melhor que tudo: quase todos os VIPPES são eleitores e boa parte deles sabe como votar e como reconhecer as empresas “amigas”.
F. Aristóteles Filho
