A burocracia exige uma tonelada de documentos para que a vida funcione legalmente. A palavra não serve e nem bigode existe mais para se tirar um fio como garantia. O Cartório passou a ser o passaporte para não se viver na clandestinidade.
Quando se entra em um Cartório logo se observa um conjunto de guichês para solicitação de serviços e respectivos pagamentos. De acordo com o Estatuto dos (VIPPES) Idosos e leis complementares, um dos guichês é destinado para eles.
O problema é que a quantidade de VIPPES aumenta substancialmente e continua a haver apenas um guichê para eles. E mais e mais VIPPES vão surgindo e logo se tornarão quase 40% da população.
E serão os membros mais ativos e produtivos da população. Responderão no mínimo para mais de 60% da economia da sociedade
E como ficará o serviço dos cartórios? Terão acomodações, facilidades, conforto, atendimento adequado para todos eles? As instalações estarão preparadas para receber os VIPPES ativos, produtivos e exigentes, parte dos quais com dificuldades de locomoção nas pernas e mãos, porém, plenos de energia e acuidade mental?
Pelo sim e pelo não, por que não se pensar em serviços de cartório a domicílio para VIPPES antes que estes resolvam “acabar” com os Cartórios?
No momento em que eles perceberem que os Cartórios se tornarão incapazes de lhes oferecer um atendimento correto, competente e adequado para suas necessidades e condições físicas, acionarão suas armas para acabar com o sofrimento.
Melhor é que os Cartórios comecem a planejar rapidamente como fazer um atendimento residencial sem cobrar taxas absurdas e sem inventar novas taxas e formas de cobrar serviços. Naturalmente terão que treinar funcionários para que saibam atender VIPPES. Por outro lado, os Cartórios evitarão reciclar suas instalações e buscar mais espaço para colocar mais funcionários.
O mundo vai mudando e os Cartórios terão que adaptar aos novos tempos, mesmo que continuem a exercer uma atividade já não mais condizente com a dinâmica e a tecnologia do século XXI.
