O fenômeno do veloz envelhecimento populacional brasileiro é um desafio gigantesco que poderá ser vencido com uma aliança imprescindível entre Governo e Iniciativa Privada.
Todas as oportunidades precisam ser aproveitadas para tornar essa aliança essencial em realidade próxima. Com certeza, há diferenças imensas entre os interesses privados e os governamentais, mas no caso da transição etária, providências não poderão ficar sem que haja acordo.
Parte importante das conseqüências do envelhecimento exigirá dos setores públicos um esforço considerável e acima do que tem sido observado até agora. No campo da acessibilidade urbana, o Estado tem o poder e a experiência para adaptar a cidade e os seus serviços aos novos VIPPES em quantidade crescente.
Quanto à saúde, parte da logística de atendimento virá da iniciativa privada, visto que ela está tecnicamente mais preparada para o atendimento qualificado em grande parte dos casos mais complexos.
Já na área de produtos e serviços específicos para VIPPES, a iniciativa privada é a fonte natural para fornecimento do que for preciso.
A Câmara Municipal da cidade de São Paulo, maior centro urbano do País e um dos maiores do planeta, dará guarida para o IIIº Seminário do Envelhecimento Ativo a se realizar no segundo semestre de 2015, provavelmente em setembro.
Em reunião preparatória, formou-se uma comissão destinada a tentar uma ponte entre a Câmara de Vereadores e a iniciativa privada para uma avaliação do entrosamento produtivo que poderia resultar na tarefa de vencer os problemas que chegam com a transição etária.
Alguns dos presentes manifestaram dúvidas quanto ao resultado da intenção. Apesar do apoio manifestado por três ou quatro empresas, a ausência do mundo empresarial nesse evento é preocupante.
Mas a maioria acredita que o acordo para discussão do tema pode surgir.
Seja como for, sempre se deve operar com o otimismo e a efetivação de um acordo de participação da iniciativa privada em um workshop especial na ocasião do evento, poderá significar muito.
Na ocasião, estarão presentes profissionais de várias especialidades ligadas ao tema, como gerontólogos (principalmente a SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), fisioterapeutas, geriatras, psicoterapeutas, políticos que se preocupam com a questão, secretários governamentais de entidades da área e muitos VIPPES.
Para a iniciativa privada poderá ser uma amostra de um tema que irá dominar o século XXI e que já se materializa em preocupações com as consequências sociais que trará.
A ideia é realizar simultaneamente aos temas expositivos, um workshop (oficina de trabalho) entre empresas e representantes dos poderes públicos e vereadores para avaliar como fazer o entrosamento. O resultado desse trabalho poderá ser uma agenda de intenções e estudos.
G. Hansen Jr.
