- 07 de abril de 2019

VIPPES Imprescindíveis!

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A palavra “imprescindível” é daquelas que indicam uma força admirável. O conceito de ser “indispensável” não pode ser aplicado levianamente. Assim, é preciso entender por que os VIPPES realmente se tornaram imprescindíveis!

vippes imprescindiveisO Brasil estará com 215 milhões de habitantes em 2050.

Teremos muitos problemas econômicos-sociais de soluções complexas. Muitos deles são originários do envelhecimento rápido da população e da ausência de providências que deveriam ter sido tomadas por volta de 2010.

Cada ano de atraso provoca, agora em 2050, uma situação complicada que se torna aguda e exigente de medidas emergenciais que naturalmente resultam em novas dificuldades para ajuste.

Trinta e sete anos é pouco tempo para a obtenção de mudanças significativas no comportamento social de 200 milhões de pessoas. A Educação, por exemplo, precisa de duas ou três gerações para a alteração estrutural nos processos didáticos, pois é preciso começar pela reciclagem dos professores.

É possível ensinar uma criança a aprender com novas técnicas e informações, mas é bem mais complexo mudar os hábitos e a orientação pedagógica de profissionais que não foram preparados adequadamente.

E o emprego?

A complexidade é ainda maior.

A tecnologia mudou a característica de praticamente todas as profissões. Milhões de trabalhadores aprenderam o “ofício” e se especializaram nas atividades até de forma muito produtiva.

Mas os homens começaram a ser substituídos por máquinas e, principalmente o trabalho braçal, foi perdendo espaço para os músculos de aço, alumínio, plástico e de chips eletrônicos.

O caixa de banco concorre com os caixas eletrônicos que são mais eficazes e que trabalham sem problemas trabalhistas.

As notas fiscais eletrônicas substituíram setores inteiros de empresas, acabando com emissores de notas, faturadores, auxiliares de processos contábeis, conferentes administrativos, auxiliares tributários e chefias correspondentes.

O carpinteiro virou digitador de tornos eletrônicos, o médico diagnosticador tornou-se leitor de exames realizados por equipamentos que sabem muito mais do que os compêndios médicos escritos nos últimos cem anos.

O fotógrafo só precisa enquadrar o modelo e o “fotoshop” faz o “resto”.

E assim vai por aí.

Até os trabalhos artísticos podem ser melhorados ou substituídos por charmosos programas informatizados.

Ah!

E quem vai fazer a faxina? E quem vai pegar o lixo? E quem vai colocar o gesso? E quem vai abrir a porta da empresa? E quem vai ligar o computador? E quem vai separar a mercadoria? E quem vai embalar? E quem vai atender os pacientes nas centenas de milhares de salas de espera dos médicos, dos dentistas, dos psicólogos, dos advogados, dos profissionais liberais ou empregados em geral? E quem vai cuidar dos doentes? E quem vai cuidar das crianças? E quem vai ensinar? E quem vai dirigir ônibus, trens, táxis, navios, barcos, aviões, helicópteros, motos de entrega, caminhões?

Quem vai guardar vidas e patrimônio? Quem vai cuidar das máquinas e equipamentos? Quem vai cuidar e tratar das lavouras, dos animais de corte e de leite?

A lista não acabaria mais.
A resposta para todas as mesmas perguntas acima é a mesma: pessoas adequadas irão atender às necessidades. Haverá milhões de empregos.

Maravilha! Mas quem irá trabalhar?

Em 215 milhões de pessoas neste ano avançado de 2050, 28 milhões serão crianças de até 14 anos (cujo trabalho é proibido por lei).

Vamos às contas:  215 – 28 = Sobram 187 milhões.

Desses 187 milhões, a maior parte dos 22 milhões de 15 a 24 anos estão em preparação para começarem a trabalhar. Assim, sobram 187 – 22 = 165 milhões

Os VIPPES (a partir dos 50 anos) serão 100 milhões (46,5%) da população total ou 60,6% da população realmente ativa.

Assim, não há nenhuma tecnologia que possa solucionar esta equação em tão pouco tempo: os VIPPES serão “imprescindíveis” para a produção de riquezas.

G.Hansen Jr.

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