- 07 de abril de 2019

VIPPES em passeatas!

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As passeatas justas e as sem propósito reivindicam dezenas de realizações nem sempre oportunas ou racionais. Os novos VIPPES valeriam uma passeata de reivindicações? Quais seriam?

vippes_em_passeatasFica difícil imaginar uma passeata de VIPPES carregando cartazes, faixas e rufando tambores. Alguns componentes estariam em suas motorizadas cadeiras de rodas, enquanto outros ainda usariam cadeiras menos tecnológicas, da mesma forma que, bengalas e outros acessórios adequados para a locomoção.

Parte do pessoal acompanharia os demais sem ouvir bem as mensagens de ordem e outros não distinguiriam com exatidão os textos das bandeiras e folhetos. A manifestação teria um forte apoio de veículos prontos para crises diabéticas, síncopes, quedas, desmaios, arritmias, dificuldades respiratórias ou simplesmente fadiga.

Naturalmente a maioria dos componentes da passeata se movimentaria sem maiores problemas e mostraria muita organização, bom humor, responsabilidade e nenhum vandalismo.

Mascarados infiltrados? De modo nenhum!

Mas o que estariam reivindicando os novos VIPPES do século XXI?

– Participação integral na vida comunitária,
– Direito ao emprego sem limite de idade,
– Cidade limpa,
– Espaços verdes,
– Parques e jardins com bancos e locais para sentar,
– Calçadas sem rachaduras e desníveis,
– Cruzamentos seguros para pedestres,
– Edifícios adequados para mobilidade e segurança,
– Transporte com veículos adequados,
– Paradas em locais acessíveis para entrada e saída,
– Assentos adequados,
– Motoristas conscientes das dificuldades de pessoas de mais idade,
– Estacionamentos convenientes,
– Serviços especializados de táxis e outros meios de transporte,
– Imóveis que levem em conta as dificuldades dos VIPPES,
– Realização de eventos com condições adequadas para VIPPES,
– Integração de gerações em eventos comuns,
– Combate ao isolamento,
– Mudança do comportamento anacrônico em relação aos VIPPES,
– Abrir voluntariado exclusivo para VIPPES,
– Criar empregos e atividades adequadas para aproveitamento dos VIPPES,
– Adequar locais de trabalho para a condição operacional dos VIPPES,
– Manter os VIPPES em treinamento continuado às novas tecnologias,
– Abrir e exaltar a comunicação com VIPPES em todos os meios,
– Desenvolver a prevenção da saúde mais que as opções de tratamento,
– Instalar maior quantidade de estabelecimentos adequados para atendimento dos       VIPPES,
– Desenvolver o atendimento “home care” – no lar – como fundamental,
– Aumentar substancialmente a oferta de residenciais para VIPPES e todas as classes sociais,
– Estabelecer uma rede comunitária para o atendimento de VIPPES sem condições de sustentação própria,
– Fazer do serviço voluntário de idosos e para idosos como a chave da melhor qualidade de vida no século XXI.

A quase totalidade dessa pauta de solicitações está descrita com detalhes no Checklist proposto pela Organização Mundial de Saúde em sua excelente publicação “Guia Global Cidade Amiga do Idoso”. Equivale a uma Constituição, ou Mandamentos para que a sociedade torne o planeta Terra um local de valorização da vida para as pessoas de mais idade.

Torquato Morelli

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