Se alguém quiser realizar um programa de música para os VIPPES, por exemplo, estabelecer uma programação para a Rádio VIPPES (que é acessada neste Portal), quais seriam as músicas selecionadas?
Com toda a certeza, os palpites seriam um leque de opções.
Alguns diriam que a base seria a dos anos 60, outros retroagiriam ainda mais. Também teríamos o pessoal dos anos 80 e 90. Se pensarmos nos VIPPES atuais mais longevos ainda precisaríamos ficar nos anos 40/50. Será que haveria VIPPES com músicas da atualidade?
Autores iriam variar como a oferta de legumes e frutas nas feiras-livres. De Roberto Carlos a Justin Bibier, haveria de tudo.
Se o critério fosse o ritmo, o tango teria projeção, mas o samba ainda reinaria, provavelmente. Até a música clássica teria algum espaço.
É interessante observar que, quando se pergunta a um VIPPES qual a música de sua preferência, ele coloca alguma da sua época de ouro quando encontrou o amor de sua vida ou quando estava no auge de suas forças físicas. É mais que natural que isso aconteça com todos. A música, e também os fatos que nos deram mais alegria ou felicidade em certo momento, se tornem desejos de continuidade, de vitaliciedade. Os fatos não voltam mais, entretanto, as suas recordações ficam na musica da época, nos cenários daqueles momentos ou dias.
O que é preciso fazer para que o passado não seja o condutor da vida futura é fazer do futuro uma fonte de alegria e de prazeres. É lógico que isso é possível.
O que pode impedir é não acreditar nisso!
Quando se pensava que passar dos 50 anos era obter o passaporte para outra dimensão, a vida se resumia nesses primeiros 50 anos e ponto final. Passar dos 50 era bônus extraordinário.
Agora a situação é outra. Podemos chegar aos 70, 80 e aos 100 com qualidade de vida. É preciso apenas acreditar que se pode e que faremos o necessário para tanto.
E a música que gostaremos de ouvir será aquela que está tocando agora, aquela que nos indica momentos de fé, de esperança, de acreditar no amanhã.
Música boa não tem idade. É como os VIPPES! O que vale é o quanto ela nos motiva e nos anima para enfrentar os desafios que sabemos que poderemos superar.
Ah! Que fique claro que este artigo trata de música. Em algum momento poderemos escrever outro sobre barulho. Atualmente aumentaram os autores de barulhos, dissonâncias, poemas sem pé nem cabeça, estribilhos e rimas furadas e compassos sem harmonia e com ausência completa de melodia. Para quem gosta, quando forem VIPPES, não precisarão se preocupar com música porque provavelmente não terão condições físicas para ouvir nada mais que zumbidos, com ritmo, talvez!
Germano Hansen Jr.
