- 07 de abril de 2019

O novo comportamento VIPPES

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Na época em que os VIPPES eram parcela pouco significativa na composição etária, o comportamento aceito como normal era dependente dessa participação. VIPPES não poderiam se destacar muito, isso não seria “adequado”.

aposentadoria_aos_65_anosAgora a situação é outra. VIPPES não apenas vão se tornar numerosos como também vão determinar os rumos da sociedade.  Isso vai acontecer, não porque os VIPPES precisem de assistencialismo forçado, mas porque, efetivamente, manterão o maior volume de capital disponível do mercado financeiro nacional. Não se trata de uma interpretação distorcida da realidade dos próximos anos, mas apenas de pura análise matemática.

Comprovemos: em 2033 (daqui a 20 anos), os VIPPES (50 anos em diante) serão 90 milhões. Todos estarão trabalhando ou recebendo benefícios e pensões dos sistemas previdenciários. Nesse mesmo ano, 39 milhões de habitantes serão menores sem condições de ganho. A população total será de 217 milhões menos 39 milhões de menores, ou seja: 178 milhões de habitantes.

Portanto, a população economicamente possuidora de capital disponível para uso será de 178 milhões: 90 milhões de VIPPES que sempre possuem rendimentos e 88 milhões de pessoas entre 16 e 49 anos nem sempre com todos empregados. Todos esses dados estão disponíveis nas estatísticas do IBGE e a margem de erro é inferior a 2%.

Ora, a classe que dispõe da maior parcela de capital disponível na sociedade é aquela que tem o poder. Se formos analisar o volume real de moeda ou de negócios de propriedade dos VIPPES, a participação certamente passará de 70%. Dessa maneira, o “Poder da Idade” do logotipo do Portal VIPPES significa a realidade daqueles que constituem o mundo a partir dos 50 anos.

Qual então o comportamento aceitável dos VIPPES na nova fase etária da sociedade?

Os próprios VIPPES estarão exercendo uma nova posição de importância no mundo mais envelhecido demograficamente. São eles que determinarão o comportamento que julgarem adequado para a busca da alegria de viver. Em segundo plano, é a própria sociedade como um todo que vai mudar a visão que tinha dos VIPPES, pois necessitará da mão de obra e do capital deles para a sua sobrevivência.

Sempre na história da civilização, os tapetes vermelhos foram estendidos para os donos do capital. Os VIPPES, portanto, não precisarão fazer guerras; basta continuarem vivendo ativamente.

Germano Hansen Jr.

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