- 07 de abril de 2019

Divulgação é tudo

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Boas ideias, principalmente aquelas que melhoram o ambiente social e a qualidade de vida, deveriam ter mais divulgação que determinadas notícias idiotas que povoam a Internet em milhares de Sites.

divulgacao_e_tudoQualquer pessoal de mediana inteligência e razoável senso de preocupação humana assinaria a observação mencionada.

Sempre surgem e continuarão surgindo informações, estudos, pesquisas e notícias interessantes, positivas e produtivas.

O informativo da Zap, uma empresa de corretagem de imóveis pertencente ao grupo empresarial do jornal “O Globo”, do dia 9 de janeiro último tratou da adequação dos imóveis à nova situação etária do País.

Selecionamos alguns trechos do artigo que deveria servir de parâmetro para todas as empresas que atuam no setor de construção, reforma e comercialização de imóveis.

“Você sabia que as quedas causam 12% das mortes em pessoas acima de 65 anos?”, alerta a arquiteta Luciana Corrêa, ao enfatizar que a adaptação da moradia permite que os idosos façam tudo com segurança sem serem excluídos das atividades diárias”.

Com certeza todos os arquitetos já viram as estatísticas demográficas e, portanto, sabem que não adianta mais pensar em soluções que desprezem as condições e possibilidades físicas dos usuários.

“Segundo a arquiteta Laurimar Coelho, isso significa que não deve haver tapetes, por exemplo. “Pisos frios devem ser antiderrapantes e móveis com cantos vivos devem ser evitados”, aconselha. “O ideal é conhecer os hábitos e necessidades do morador para oferecer a ele o acesso fácil a qualquer objeto”, recomenda Laurimar”.

Talvez seja uma medida muito drástica acabar com os tapetes, mas enquanto não forem oferecidos com absolutamente confiável ação antiderrapante eles devem ser banidos da decoração. Os iranianos compreenderão, com certeza.

“Luciana reforça a importância de substituir degraus por rampas com pouca inclinação e com corrimão dos dois lados e de eliminar os tapetes soltos, principalmente aqueles que ficam na extremidade das escadas e rampas. Se o idoso é cadeirante ou usa andador, as rampas são fundamentais para a circulação mais segura. Mas é importante avaliar a inclinação, que não deve ser superior a 6%”.

Evidentemente deverá haver uma avaliação completa do local para que as melhores soluções sejam encontradas. Em casas térreas ou com dois pavimentos os resultados são mais satisfatórios. Naturalmente novas residências não oferecerão dificuldades porque as plantas já levarão em conta as condições dos moradores. O cuidado a ser tomado é com o perfil deles no tempo. Se o imóvel deverá servir como residência vitalícia é conveniente que o projeto construtivo facilite futuras adequações caso os proprietários ainda não sejam VIPPES.

Nos casos de condomínios verticais os novos já são planejados com a visão da nova sociedade mais envelhecida. A dificuldade é a adequação estrutural de projetos que não atendiam as necessidades de pessoas de idade mais avançada e que respondem ainda pela quase totalidade da área construída na maioria das cidades brasileiras.

“Nos banheiros, todo cuidado é pouco. Segundo Laurimar, barras especiais de apoio, em conformidade com as normas da ABNT, são essenciais para evitar acidentes graves durante o banho.

Luciana lembra que o banheiro é o lugar onde ocorre a maioria das quedas. “Deve haver barras de apoio ao lado da pia, do vaso sanitário e dentro do box. “Troque o vaso comum por outro mais alto e use torneiras e maçanetas do tipo alavanca, que são mais fáceis de abrir e fechar”, aconselha Luciana.

No caso de ter uma banheira, Laurimar recomenda o uso de adesivos antiderrapantes no fundo da peça.

“Outro recurso bastante interessante é o interfone no banheiro, que pode ajudar o idoso a se comunicar com outros moradores em caso de algum imprevisto ou mal estar”, alerta.

Como se vê, profissionais já se orientam em função da realidade etária. Não adianta manter ideias de uma época diferente, ultrapassada e que certamente não retornará mais neste século.

Pela objetividade das recomendações, completamos o artigo com as sugestões finais das arquitetas da ZAP, Laurimar Coelho e Luciana Corrêa:

“Na cozinha, o fogão a gás deve ser substituído por um modelo elétrico. Cooktops modernos não oferecem riscos de queimaduras. Geladeiras com dispositivos que avisam sobre o tempo de abertura das portas ajudam os idosos mais distraídos, assim como torneiras com sensores – que evitam o desperdício de água. Muitos idosos esquecem torneiras abertas.

Além disso, mantenha os utensílios usados pelo idoso a uma altura entre 80 cm e 1,2 m. Assim não é preciso subir em banco ou escada para alcançá-los.

A iluminação deve ser abundante, assim como a ventilação e a insolação. “A boa iluminação dos ambientes ajuda na circulação e na execução das tarefas, inclusive é importante ter uma luz noturna para o caso de o idoso ter de se levantar à noite”, aconselha Luciana.

Revestimentos de paredes em áreas de circulação não podem oferecer riscos. “Evite alternativas como pedras tipo canjiquinha ou mesmo plantas. Algumas trepadeiras têm espinhos”, adverte Laurimar.

Uma decoração com menos peças permitirá a circulação sem tropeços. Móveis baixos devem ser evitados, pois o idoso pode tentar se apoiar nas peças e cair.

Laurimar lembra ainda que há outros recursos mais modernos e dispendiosos, como sistemas de monitoramento remoto de ambientes (com câmeras) e controle de entrada por biometria – o que garante maior segurança”.

Os comentários sobre o artigo foram muito positivos e todos de não VIPPES, entretanto, preocupados com o bem estar deles.

J. Mark Torrence

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