Ainda que incipiente, a boa notícia é que já surgem designers preocupados e interessados em buscar soluções para as exigências de uma nova sociedade que envelhece. Só quem utiliza a cozinha sabe das dificuldades em torná-la operacional para VIPPES com algumas dificuldades físicas.
É evidente que a maioria dos modelos existentes foi pensada para atender deficientes físicos e não necessariamente idosos. Mas o volume de idosos com deficiências já supera em grande escala o de deficientes com menos idade. E essa relação vai se tornar cada vez maior, inclusive porque também os deficientes não idosos envelhecerão.
Segue um exemplo de solução proposto pela designer Erica campanha. Pode servir também como incentivo e alavanca para motivar empresas e profissionais a investirem nesse mercado que se agiganta dia a dia. (Fonte: REATECH – Feira Internacional de Tecnologia em reabilitação, inclusão e acessibilidade).
O design universal é um modo de concepção de espaços e produtos que atende o maior número possível de usuários incluindo crianças, idosos e pessoas com restrições temporárias ou permanentes.
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Se uma cozinha é adaptada para uma pessoa com deficiência física, como seria possível fazer uma cozinha universal, também para ela? Idealizada pela jovem designer, de 25 anos, Erica Campanha, a ideia surgiu da vontade de fazer um projeto que contemplasse a todos, uma cozinha universal que pudesse ser utilizada tanto por uma pessoa com deficiência física como também por pessoas sem necessidades especiais. A cozinha, pensada para espaços compactos, tem área de 2x3m2 e foi desenhada com uma altura projetada para que todos possam fazer suas refeições e todas as demais tarefas. A composição dos módulos respeita as medidas adequadas para manuseio e giro da cadeira de rodas. A cozinha possui também uma mesa retrátil embutida.
A “Cozinha Compacta Universal” foi finalista, em 2014, do prêmio Design for All, que selecionou cinco projetos (“5 Best Practices”) que apresentaram soluções para uma melhor aplicação do design universal.
“A prática do design e sua versatilidade têm impulsionado e criado novos mercados no Brasil. Um segmento ainda pouco explorado e com grande potencial de consumo é o que atende pessoas com deficiência. Mais do que criar produtos ou serviços exclusivos para esse público é necessário desenvolver o design para os móveis adaptados visando realmente a inclusão e o título móvel universal” ressalta Erica Campanha.
Assim, o bolinho da vovó ou da mamãe continuará a deliciar os lanches dos sábados e domingos porque elas terão cozinhas operacionais mesmo que não apresentem as mesmas condições físicas anteriores à maturidade.
G. Hansen Jr.
