- 05 de abril de 2019

Atleta aos 100 anos

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ReproduçãoToniquinho é o único brasileiro bicampeão mundial de marcha e recordista sul-americano nos 800 metros de veteranos. Mas não é de estranhar para quem conhece António Antunes Fonseca, que emana vitalidade e uma enorme vontade de viver.

Neste momento o atleta brasileiro acredita na possibilidade de destronar o atual atleta mais velho do mundo, o grego Dimitrion Yordanis, que completou a Maratona de Atenas aos 98 anos. Os mundiais na categoria de veteranos são organizados pela WMA, World Masters Athletic, a cada dois anos. O filho do atleta, Paulo Fonseca, acredita que este ano em Lyon, França, o pai pode conseguir o título de atleta mais velho do mundo. “Quem sabe ele não participa no próximo Mundial para tentar alcançar mais essa marca, para a carreira tão bela que ele possui”.

Mas não foi quando era jovem que Toniquinho despertou para o mundo das competições de atletismo. Foi apenas quando chegou a hora da reforma, aos 66 anos, que se iniciou na modalidade. “Comecei por influência de um tio, que me chamava sempre para correr depois de ter ficado reformado. Gostei tanto que quis começar a participar em provas de atletismo e outras modalidades”, afirma o atleta centenário.

Embora nestes últimos tempos não tenha entrado em algumas competições, Toniquinho não desistiu de ser o atleta mais velho do mundo. Aos 100 anos o seu desejo é só um, continuar a participar em outras provas de prestígio. Segundo o seu filho, Paulo Fonseca de 70 anos, o pai não gosta estar afastado das pistas. “Ele sempre pergunta se tem mais provas para competir. Ultimamente demos um intervalo às participações dele. Mas talvez ele participe do Mundial de atletismo na categoria de veteranos este ano”.

Em 34 anos de carreira, já participou em mais de 20 competições internacionais e muitas outras nacionais. E assim tem conhecido o mundo, do Japão aos Estados Unidos da América, da África do Sul à Austrália, sempre competindo. Para além das provas de atletismo, Toniquinho participa no arremesso de martelo e de dardo, onde chegou a sagrar campeão mundial em 2001 na Austrália.

Segundo o atleta o segredo é simples. “O segredo é fazer o bem, não ter inveja de um colega que se destaca no desporto. É um exemplo para a juventude, por isso digo sempre que é necessário plantar para colher o bem”.

Mona C Cury

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