- 07 de abril de 2019

A Prevenção da Vida

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Naturalmente os jovens não se preocupam com a prevenção porque normalmente desfrutam de boa saúde e não acreditam que possam perdê-la no futuro. Dos 15 aos 30 anos essa maneira de encarar a vida não é condenável.

Mas esses mesmos jovens começam a perceber em casa ou junto a familiares com mais idade, de cinquenta anos para cima, que o futuro não é fisicamente tão maravilhoso quanto deveria. E é nessa terceira para a quarta década de vida que a prevenção se faz conveniente, mais até do que necessária.

Quem informa isso para a população? Qual empresa se preocupa com isso? Quais profissionais da saúde se preocupam com isso? Onde está a ação governamental no estabelecimento de projetos que promovam a prevenção?

Qualquer doença que imobilize definitiva ou temporariamente um indivíduo de qualquer idade contabiliza um custo elevado para a sociedade, principalmente quando suportado pelo Estado. Todos acabam pagando através dos impostos ou na elevação de preços dos produtos e bens de natureza privada.

Já o custo da prevenção, sem internações, sem emergências, sem exames e procedimentos médicos e hospitalares fora da normalidade, apresentam valores muito razoáveis.

Mas quais especialidades médicas se preocupam com a prevenção? Existe a especialidade “Prevenção Médica”? Não há nenhum registro dela na Medicina praticada no País. As especialidades são inúmeras, mas todas para tratar de pacientes já afetados por alguma doença instalada, aguda ou crônica antes não percebida.

A partir da doença efetiva, real, qualquer tratamento que for selecionado significará um conjunto de providências muitas vezes complexas e contínuas, sem falar nos exames de controle que podem perdurar por anos.

Uma insuficiência renal que leva anos ou décadas para se tornar sintomática ou perigosa poderia ser prevista antecipadamente através de uma avaliação médica adequada e preparada de acordo com protocolos específicos. Caso houvesse esse tipo de medicina especializada, ela poderia avaliar as expectativas da vida futura de um “paciente” em prevenção através de alguns questionários e dados de simples exames clínicos e de imagens (se necessário).

Uma insuficiência renal moderada ou grave pode ocorrer por motivo de:

– cálculos renais repetitivos,

– por mal funcionamento da bexiga,

– por acúmulo de cistos nas vias urinárias,

– por dietas desequilibradas,

– por ausência de exercícios físicos adequados,

– por metabolismo deficiente de substâncias essenciais à vida,

– por consumo excessivo de fumo, álcool e determinados medicamentos,

– por fatores genéticos,

– por ação de outras doenças,

– etc…

Imagine-se realizar uma prevenção e evitar no futuro prováveis cirurgias, dietas radicais, tratamentos medicamentosos perigosos ao organismo em geral, restrições a muitas atividades cotidianas e finalmente viver na dependência de diálises e hemodiálises na fase terminal antecipada de vida.

Todas as doenças podem ser prevenidas. É quase impossível calcular a economia que a sociedade poderia fazer com a prevenção na Medicina Geriátrica. É possível, entretanto, afirmar que o custo da saúde no País jamais precisaria da criação de taxas e impostos adicionais para arrecadação de verbas para a Saúde.

Por outro lado, a saúde dos convênios médicos não está no reajuste das mensalidades, mas sim no estabelecimento da prevenção compulsória de saúde por parte dos associados.

Quanto às especialidades médicas, os profissionais que se dedicassem à Prevenção da Saúde poderiam ter isenção do Imposto de Renda e outros benefícios sociais que incentivassem a sua formação, como por exemplo, a gratuidade total do Curso de Medicina específico para tal.

G. Hansen Jr.

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