- 07 de abril de 2019

Mobília da longevidade

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Os fabricantes de móveis para qualquer objetivo de uso, ainda não perceberam (com raríssimas exceções) que a inovação tem que nortear novas linhas daqui para frente.
mobilia_da_logevidadeA tecnologia consegue melhorar significativamente a qualidade de vida em função da criação de facilidades na utilização de produtos. Atualmente, o mobiliário em geral se tornou mais prático. Portas com fechamento automático, gavetas deslizantes, pintura indelével, metais resistentes, desenhos funcionais. Nada a comparar com as monumentais peças de peroba, madeira de lei, jacarandá e outras tantas árvores sacrificadas na composição de estupendas prateleiras e guarda-roupas.

Mas um fato novo exige nova era na indústria de móveis: o envelhecimento populacional.

Da mesma maneira como a eletrônica mudou o mundo dos equipamentos, agora é o envelhecimento populacional que serve de motivo para total reformulação de conceitos e produtos. Não é possível compreender a nova sociedade envelhecida como um mercado igual aos que sempre existiram. As necessidades são profundamente diferentes em razão de problemas específicos.

O fator condição física é decisivo na avaliação de perfil de consumidores.

Apenas para efeito de análise inicial: altura. Os VIPPES apresentam consistentemente uma perda de altura que pode chegar a uma redução de 3 a 4%. Um VIPPES de 1,84m aos 25 anos, provavelmente terá a sua altura reduzida para 1,78 m aos 75 anos. E ainda apresentará perda nos anos seguintes. Uma VIPPES de 1,64m na terceira década de vida tem a medida menor que 1,60 nos seus anos setenta.

Mesmo que apenas o fator altura fosse justificação para repensar o estilo e operacionalidade da mobília, já compensaria. Alcançar prateleiras superiores de armários e guarda-roupas não deveria ser tarefa muito desafiadora.
Além da altura e mais importante que ela, outros aspectos são observados como desafiadores. Os VIPPES apresentam redução na mobilidade, na força física e podem ter diminuída a visão.

E o que é que os móveis têm a ver com isso?

As cadeiras, poltronas e sofás deveriam proporcionar condições adequadas aos portadores de artroses e problemas de coluna. O peso não poderia ser elevado para que pudessem ser mudados e manuseados sem grandes dificuldades.
As camas deveriam permitir posições diversas de acordo com os problemas comuns da idade mais avançada. Alguns dos recursos das camas hospitalares seriam muito úteis.

Infelizmente, nem todos poderiam ter acesso às conquistas tecnológicas, mas em razão da grande quantidade de VIPPES, com certeza os custos seriam reduzidos e permitiriam redução de preço e maior amplitude de compradores. O mercado crescente contínuo é o grande incentivo para a nova era da mobília da longevidade.

Wolfgang K. L.

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