- 05 de abril de 2019

Alimentos alternativos

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A Medicina Ortomolecular teve um desenvolvimento espetacular na última década do século XX e acabou sendo criticada dentro da sociedade médica. Mas há benefícios reais em seus princípios.

agenda_alimentar_da_naturezaO organismo do ser humano sofre desgastes com o passar do tempo. Dezenas de razões explicam as metamorfoses que o corpo vai apresentando e já se sabe que a alimentação tem peso considerável nesse processo. As enzimas que desdobram o leite materno formam com exclusividade o sistema digestivo auxiliar nas primeiras semanas de vida do bebê.

Com a introdução de alimentos diferentes, o organismo vai reduzindo a quantidade da amilase principalmente e introduzindo novas enzimas. Em determinado número de pessoas, por motivos não totalmente identificados, o processo de redução da amilase não para e em um certo momento o leite consumido não é aproveitado pelo corpo e até se torna indigesto quase equivalendo a um veneno. Mas não só o leite em si causa o problema alimentar, mas todos os derivados também.

A solução adequada pode ser a retirada do leite e derivados da alimentação da pessoa que se tornou intolerante ou a reposição das enzimas em falta. Qualquer que seja o tratamento haverá necessidade de uma avaliação individual e vários testes poderão ajudar a encontrar a raiz da dificuldade e as prováveis e melhores alternativas. Como o ser humano precisa se alimentar sempre e não pode viver apenas da vontade, ele vai ter que selecionar o cardápio possível. Com certeza, vai depender também de suas possibilidades econômicas.

Pensar na alimentação de VIPPES em número reduzido ou pouco expressivo não seria muito estimulante já que não há excesso de alimentos no planeta. É mais “negócio” atender o apetite infantil e dos jovens que podem comer quase tudo e sem grande preocupação com a qualidade. Prova disso é a expansão gigantesca das redes de “fast food”.

Acontece que a substituição etária muda tudo. As crianças e os jovens se reduzem e os VIPPES crescem vertiginosamente. Não dará bons resultados apenas trocar os mais novos fregueses pelos VIPPES. A comida que é aceitável ou apetitosa para os primeiros não atrai os demais. Não é apenas pelo sabor (ou ausência dele), mas principalmente pela falta dos nutrientes efetivamente necessários.

VIPPES gostam de comer bem, mas não precisam comer muito. Necessitam repor substâncias que o corpo já não produz no volume adequado ou na forma mais favorável.

A pesquisa, a produção, a distribuição e o consumo de alimentos terão que passar por uma completa reavaliação para que os VIPPES não “morram de fome”, literalmente.

O que no século XX seria uma perda de tempo porque os usuários dos resultados não passavam de alguns poucos milhares com reduzida esperança de vida, agora, em plena segunda década deste século XXI se torna imprescindível. Serão milhões.

Só para os VIPPES de 90 anos em diante, o quadro abaixo mostra o volume de mercado potencial efetivo (todos já estão nascidos e continuarão vivos). Todos eles são dependentes de alimentação equilibrada. Que mercado, barbaridade!

IBGE – Projeção da População Brasileira por Sexo e Idade 2000/2060 – Revisão 2013

ano

2.000

2.010

2.020

2.030

2.040

2.050

2.060

90 em  diante

280

mil

390

mil

740

mil

1.260

mil

2.130

mil

3.560

mil

5.020

mil

Torquato Morelli

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