- 05 de abril de 2019

Saúde é dinheiro no bolso

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Todos os setores de atividades deverão crescer muito com o novo mercado dos  VIPPES.  Sabemos o quanto é dramática a realidade de boa parte do povo brasileiro e as questões de saúde poderão liderar os investimentos e os rendimentos. Agora! Já!

saude_e_dinheiro_no_bolso1Nas grandes cidades basta comparecer a qualquer consultório médico, hospital ou clínica particular para constatar que é muito maior a quantidade de pacientes do que a oferta de serviços. Na rede pública o problema é de calamidade!

Esta situação atual já começa a denotar a grande preocupação com a qual todos os profissionais que conhecem os detalhes do envelhecimento populacional tentam alertar a sociedade.

Em um país que atravessou décadas de crescimento populacional com elevadas taxas de natalidade e, portanto com encorpado volume de crianças, adolescentes e jovens adultos em geral com boa saúde, a visão do envelhecimento é diáfana.

Um idoso aqui e outro ali, um terminando os dias no meio de alguns familiares e outro abandonado em asilo emergencial, era mais ou menos o quadro mais representativo da reduzida participação dessa classe etária no mapa social.

O que fazer agora com os mais de 42 milhões de VIPPES (IBGE, 1º de julho de 2013 na Revisão da População Brasileira por Idade e Sexo 2000/2060)?

Alguns poderiam argumentar que a faixa de 50 a 59 anos não é composta por “idosos”, mas no dia do aniversário de 60 anos tornar-se-ia formalmente um “idoso”.  Essa é uma das armadilhas estatísticas que costuma ser utilizada para justificar omissões, enganos e interesses nem sempre corretos.

Há indivíduos na faixa de 50 a 59 anos mais alquebrados que muitos das faixas acima. Há uma discussão na Medicina sobre a idade adequada para a tomada inicial de medidas preventivas que tornem melhor o envelhecimento: 40 ou 50 anos. Parte considera que aos 40 anos ainda é possível a tomada de medidas que evitem a instalação de alguns problemas orgânicos que se tornarão crônicos na idade dos 50 anos. Outra corrente acredita que essas medidas ainda possam resultar positivamente a partir dos 50 anos. A uniformidade ocorre na constatação de que aos 60 anos parte dos problemas de saúde já não poderá ser sanada.

A geração de VIPPES que avança célere, em volume de participação jamais imaginado, se compõe de indivíduos com diversificados estágios de cuidados com a saúde. É fato constatado em todos os serviços particulares e públicos de saúde que os homens sempre foram avessos a cuidados preventivos. O homem brasileiro sempre se considerou isento da necessidade de frequentar consultórios e laboratórios para verificar a evolução orgânica na maturidade.

Milhares de representantes do sexo masculino vão a médicos quando a doença já atingiu uma fase de baixo índice de cura ou recuperação.

É muito recente a determinação de algumas empresas em exigir exames médicos anuais para empregados a partir de certa idade. Houve uma época que obrigatória era a tomada anual de uma chapa radiográfica para evitar a evolução da tuberculose que em meados do século passado ainda era uma grande ceifadora de vidas.

Milhares de clínicas de saúde preventiva precisam ser instaladas para avaliar, diagnosticar, tratar e orientar os usuários e, assim, disseminar a prática da saúde por prevenção e não através do tratamento da doença conforme ainda é a prática.

Com certeza haverá clínicas de padrões diversificados para atender as várias classes sociais. Não importa, mas todos que se tornarem empreendedores nessa oportunidade de mercado farão da prevenção da saúde um grande pé-de-meia.

Essas clínicas também poderão apresentar estruturas em graus de maior ou menor amplitude de atendimento, dependendo de local, de volume da população, das condições sócio-econômicas comunitárias e assim por diante.

Se essas clínicas não começarem a ser planejadas e instaladas desde já, as grandes beneficiárias do envelhecimento populacional brasileiro serão as empresas funerárias e de crematórios.

Germano Hansen Jr.

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